Secretaria Estadual de Saúde e Universidade de Mogi discutem implantação do Hospital de Ensino

A implantação de um Hospital de Ensino no Alto Tietê foi discutida nesta segunda-feira (21), entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). A reunião foi agendada pelo deputado estadual André do Prado (PR), que vem intermediando ações com objetivo de consolidar possíveis parcerias entre o governo do Estado, gestor dos serviços públicos de saúde, e à instituição de Mogi das Cruzes, que oferece o curso de Medicina.

Participaram do encontro, além do deputado André do Prado, o secretário Estadual de Saúde, Drº Giovanni Guido Cerri, o coordenador de Serviços de Saúde, Drº André de Felice, e representantes da UMC, que são: Drº Henrique Naufel, Coordenador do Curso de Medicina, Drº Claudio Alves de Brito, Pró Reitor do Campus Sede, Drª Andrea Licia Oliveira, Assessora Pedagógica, como também o ex vereador mogiano, Ado Teixeira.

Na reunião foi apresentado um panorama dos principais avanços e desafios na formalização de novas parcerias que podem ser realizadas entre a Universidade de Mogi das Cruzes e a Secretaria Estadual de Saúde, a fim de qualificar e formar os estudantes de medicina da região, tendo como contrapartida a prestação de serviços à população.

O secretário estadual de Saúde destacou que os hospitais de ensino são fundamentais para a rede pública de saúde do Estado. Para ele, o Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos é uma unidade que pode oferecer boas condições para viabilizar esse projeto, fundamental não apenas no campo assistencial à saúde da comunidade, mas também na formação, com qualidade, de médicos que atuam na Região.

“É muito importante que o Alto Tietê possa oferecer programas de Residência em Hospitais da Secretaria de Estado de Saúde, como é o caso do Hospital Geral de Ferraz, formando especialistas das novas redes de atenção à saúde do Estado”, avalia.

Guido Cerri propôs aos representantes da UMC possíveis parcerias e contrapartidas a serem estudadas pelas instituições para viabilizar o projeto de que o Alto Tietê tenha uma Universidade de Ensino. Portanto, ficou definido que à UMC encaminhe, nos próximos dias, um projeto à Secretaria Estadual de Saúde. “Vamos avaliar todas as possibilidades, pois somos sensíveis ao considerar a compensação da Universidade de Mogi nesse projeto. O custeio das bolsas de residência médica para que os estudantes de medicina possam atuar nos Hospitais estaduais, como o Geral de Ferraz de Vasconcelos, é possível, como outras medidas podem ser viáveis. A contrapartida deve ser construída dentro dos interesses comuns. O nosso objetivo é achar uma solução para melhorar à saúde pública do Alto Tietê.”

Conforme destacado por André do Prado, a existência de uma permanente parceria entre às instituições com objetivos distintos é de extrema importância para a Região do Alto Tietê. “Foi o início de uma conversa muito proveitosa, um passo importante que abre possibilidades para a melhoria dos serviços públicos da região. Para dar sequência à construção do projeto, novos encontros serão realizados entre a Secretaria estadual da Saúde e a Universidade de Mogi das Cruzes. Precisamos e estamos ampliando essas parcerias, e quem ganha com isso è a Região”, disse o deputado.

André do Prado, que coordena a Frente Parlamentar do Alto Tietê, ainda questionou ao secretário de Saúde sobre a implantação da ressonância magnética no Luzia de Pinho Melo e uma clinica para o tratamento de dependentes químicos, como também a melhoria e resolutividade nos serviços de oncologia.

O secretário Guido Cerri afirmou que o aparelho de ressonância magnética será instalado no Luzia de Pinho Melo no segundo semestre e que estão trabalhando ativamente à questão dos serviços de oncologia e a possibilidade de construir uma clinica para dependentes químicos.  “Os estudos para um sistema de saúde completo no Alto Tietê já foram iniciados. A idéia é formar uma rede para manter o atendimento ao paciente de maneira completa. Importantes investimentos já foram feitos em benefício da saúde regional, à complementação vai sendo realizada, resultando na melhoria do atendimento eficiente à população”.

“Mais recentemente os hospitais universitários e seus braços – como é o caso da Famesp – passaram a colaborar mais diretamente com o sistema de saúde paulista. As unidades deixaram de prestar serviços apenas de nível quaternário (procedimentos mais complexos e especializados) para atuarem também na gestão de serviços nas redes primárias e secundárias. Esse processo foi importante, inclusive para a formação dos estudantes de medicina”, observou.

O secretário ressaltou que os hospitais estaduais administrados por universidades públicas, com apoio de fundações são os mais bem avaliados pelos usuários, por isso a preocupação em incentivar essas parcerias. “Precisamos e estamos ampliando essas parcerias, como é o caso aqui da Famesp”, comentou.

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